12/10/2013 - 16h28
'Estamos preparados para reação de facção', diz secretário da Segurança
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AFONSO BENITES
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
O secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, diz que não teme uma nova onda de ataques do PCC caso o Tribunal de Justiça reverta a decisão que rejeitou o pedido de prisão de 175 suspeitos de integrarem a facção criminosa.
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Em 2006, cerca de 500 pessoas morreram em uma onda de ataques orquestrada pelo grupo criminoso.
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Folha - Como a secretaria acompanha as investigações contra o PCC?
Fernando Grella Vieira - A secretaria vem acompanhando. De alguma maneira as polícias Militar e Civil colaboraram quando solicitadas.
Quando as escutas telefônicas flagraram presos falando sobre o planos para atacar o governador Geraldo Alckmin, como o governo agiu?
Estamos preparados para esse tipo de coisa. Essa notícia que veio apenas reafirma o reconhecimento pelos grupos criminosos de como o governo age com firmeza. Só se faz ameaça contra quem age com firmeza e quem procura reprimir com seriedade as ações criminosas.
O governo Alckmin já afirmou que o PCC tinha cerca de 30 membros, que já estavam presos. A atual investigação mostra que o grupo é maior [11.400 integrantes em 22 Estados]. Como sua gestão tem tratado essa questão?
Reconhecemos que ele [o PCC] existe e que exige um trabalho de repressão permanente. Não tem uma dimensão exponencial, mas requer um trabalho de acompanhamento. É uma realidade que precisa ser enfrentada.
A presença da Rota na região oeste do Estado tem relação com essa investigação?
Tem a ver. É uma estratégia natural de Segurança Pública porque ali é onde estão presos os principais líderes deste grupo criminoso.
O que o sr. achou da decisão judicial de rejeitar o pedido de prisão de 175 denunciados?
Respeito a decisão do juiz. Tenho muita expectativa de que o Tribunal de Justiça possa rever essas decisões e decretar as prisões e a inserção dos presos no regime disciplinar diferenciado.
Em junho, quando a Rota foi para o interior por causa de ameaças feitas pelo PCC, as autoridades diziam que temiam uma nova onda de ataques da facção. Como o governo tem se preparado para esse cenário?
A polícia está preparada. Isso não é uma coisa só do Brasil. A Colômbia passou por algo semelhante. Toda vez que um governo se propõe a uma repressão forte e séria contra grupos organizados, você tem uma reação do crime organizado e nós estamos preparados.
Teme que SP passe pelo mesmo processo que a Colômbia?
Não. Não temo. Tenho o dever e a responsabilidade de conduzir a política de segurança e vou fazê-lo com a observância na lei, na ordem, porém com firmeza.
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