DA FSP no sábado 27/6/15material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,bis-ve-risco-em-3-anos-de-crise-bancaria-no-brasil-imp-,1520913
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DA FSP no sábado, 27/6/15
ITALO NOGUEIRABRUNO VILLAS BÔASDO RIONATUZA NERYDE BRASÍLIA
Do boletim da Empiricus de hoje, 5/2/15
Do Estadão de hoje, 6/7/14
Do Lauro Jardim em 16.6.14
A Dilma responderia: não sei....
Por Lauro Jardim
Do Lauro Jardim em 11/6/14
Por Lauro Jardim
Do Lauro Jardim, em 24 de maio de 2014
O $$ deveria vir do público, com reajustes na conta. O governo vai adiando essa fatura para 2015 e 2016, piorando o problema.
Por Lauro Jardim
Do Valor, em 28 de abril de 2014
DA FSP de 12 de março de 2014
Exatamente para preservar o equilíbrio distributivo, os planos, por necessidade, envolvem a manipulação de índices de preços para corrigir os efeitos da esperada redução rápida da taxa de inflação. Como a operação é abstrata, os agentes sentem que teriam sido vítimas de um "expurgo" e recorreram ao Judiciário para tentar reavê-lo.
Como é comum no Brasil, as ações chegaram ao STF 25 anos depois do Plano Bresser (1987)! As discussões públicas têm, até agora, produzido mais paixão e calor do que luz. Uma eventual decisão mal informada do STF talvez não gere a exagerada tragédia prevista para o presente, mas, certamente, terá consequências desastrosas e insuperáveis para a administração da economia brasileira no futuro.
Trata-se, no final, de uma questão objetiva e simples: o "poder de compra" dos depósitos das cadernetas de poupança diminuiu entre o período imediatamente anterior e o imediatamente posterior aos planos? Uma honesta e competente Nota de 18/11/2008, da Secretaria Extraordinária de Reformas Econômicas e Fiscais do Ministério da Fazenda, demonstrou que não!
É possível que haja uma pequena exceção no Collor 2. Estudos posteriores (Ernest & Young Terco, agosto de 2013, e Eric S. Maskin, fevereiro de 2014), mostraram, por outro lado, que não há evidência empírica que os "planos" tenham resultado em lucros excepcionais para o sistema bancário público e privado, o suspeito apropriador do "expurgo".
Diante do delírio do Ministério Público, revelado no parecer pericial que em 2010 enviou aos ilustres membros do STF sobre o assunto, fizeram bem o Banco Central e a Advocacia-Geral da União de sugerirem um reexame da questão.
Não se trata de saber se os bancos eventualmente poderiam pagar o suposto "expurgo" porque acumularam lucros em outras operações, o que, aliás, não restou provado. O problema é saber se o "poder de compra" dos depositantes foi reduzido pelos planos: é elementar, bem definido e aritmeticamente solúvel sem nenhum juízo de valor. É sobre isso que o STF tem que decidir e fazer justiça. Chega de mistifório!
contatodelfimnetto@terra.com.br
Do Lauro Jardim,em 5/3/14
/ Blogs e Colunistas
Por Lauro Jardim
Por Lauro Jardim
Por Lauro Jardim
Por Lauro Jardim
Por Lauro Jardim
Do Iuri Pitta, jornalista do Estadão, em 14/2, mas colocando no ar hoje, 16/2
Do Lauro Jardim em 15/2/14
E vai cair mais
Por Lauro Jardim
Do Sebastião Nery, em 18 de janeiro deste ano, quase um mês atrás.
Do Lauro Jardim de hoje, 30 de janeiro de 2014. Se a coisa não melhorar bem, poderemos ter grandes apagões este ano. Sem falar num possível racionamento...
Por Lauro Jardim
Do Lauro Jardim de hoje, 21/01/14. Como dizem, a Dilma arrasa os setores que ela mais entende, energia e petróleo...
Por Lauro Jardim
DA FSP de hoje, 15.1.14
A terapeuta Maria Elisa Gothardi Soares, 71, tem apostado em compras uma vez por mês para tentar reduzir o impacto das altas em seu orçamento doméstico. "Quando acaba algum item, eu até apelo para o mercadinho do bairro, mas tento agora comprar tudo de uma vez", afirma.
Outra tática da terapeuta é comprar alguns itens em atacadistas, que geralmente cobram mais barato pelo volume de produtos iguais adquiridos pelos clientes. De olho nos preços, ela também varia o cardápio quando percebe que um produto está ficando mais caro. "Se a carne está cara, vou para o peixe ou o frango", diz.
A aposentada Ivanir Sonner, 66, que fazia compras semanais com o marido, também passou a ir apenas uma vez ao mês ao supermercado. "Faço agora compras mais pesadas para economizar", afirma a aposentada, que sentiu principalmente o aumento do preço dos laticínios.
Além disso, Ivanir resolveu substituir algumas marcas por similares mais baratas. "Não me arrependo. Às vezes você está tão acostumada com uma marca que nem percebe que há outras melhores", diz.
Ana Lúcia Pais, 51, é outra que apostou na substituição de alguns produtos. "Com a inflação, fiquei mais atenta aos preços. Troquei algumas marcas, como a do sal e do óleo de cozinha, e me surpreendi, pois a qualidade era bem próxima à dos produtos mais caros", diz a dona de casa, que vai ao supermercado semanalmente.
"Assim ajusto a lista de compras de acordo com as necessidades de cada semana e evito desperdícios em casa", diz.
MENOS ITENS NO CARRINHO
De setembro para cá, a representante comercial Regina Aparecida Martins Minha, 49, também viu suas compras ficarem mais caras. "Os produtos de limpeza e de higiene pessoal subiram muito em pouco tempo, mais até do que os artigos de primeira necessidade", afirma. Para não se enrolar financeiramente, Regina resolveu reduzir a quantidade de itens comprados.
"Se eu comprava cinco litros de leite para durar uma semana, agora compro quatro. Mas não abro mão de marca de qualidade", afirma a representante comercial, adepta das compras mensais.
Foi a mesma decisão tomada pelo aposentado Tarcísio Dorotheu Silva, 61. "Todo mês eu via um aumento de 5% no total das compras. Então decidi cortar supérfluos e estou comprando apenas coisas básicas. Estamos comprando menos para não inflacionar o orçamento", diz.
Essa tendência é confirmada por Paulo Marcos Gomes dos Santos, responsável pela área administrativa da loja do supermercado Extra em Perdizes. "Eles estão segurando mais o dinheiro, tentando economizar. Estão focando mais nos produtos essenciais", diz.
Pesquisar é outra das armas dos consumidores para enfrentar a alta dos preços. A diarista Elenilda Almeida da Silva, 41, costuma checar o preço em vários supermercados antes de ir às compras.
"Faço uma pesquisa para saber onde os produtos estão mais baratos. No final do mês a diferença compensa", diz.
ORIENTAÇÕES
Para Celso Grisi, coordenador de projetos da FIA, entidade privada ligada à USP, a redução do número de idas ao supermercado é uma das principais estratégias contra a inflação. "Se a pessoa comprava quatro vezes ao mês, deve considerar comprar duas, uma no início e outra no meio do mês. É uma forma de tentar não ser vítima da inflação, pois os preços estão subindo rapidamente", diz.
Mas vale lembrar que essa regra não vale para todos os produtos. "É preciso fazer uma compra consciente. Há produtos com data de validade bem curta. Não adianta ir ao mercado e comprar alface para o mês inteiro. Não vai dar certo", afirma o planejador financeiro Valdir Valdir Carlos Jr.
Para ele, pesquisar é sempre válido, mas o consumidor deve evitar compras muito "pingadas". "Veja os preços nos supermercados, mas, antes de comprar um item em um e outro item em outro, coloque na ponta do lápis gastos com gasolina, ônibus ou táxi. Até porque ir a muitos locais consome um tempo desnecessário", diz.
Além disso, a substituição de produtos mais caros por similares mais em conta também é indicada.
O planejador financeiro também lembra que, embora os atacadistas geralmente ofereçam preços mais competitivos, é preciso ter espaço para estocar os produtos e saber se eles serão consumidos antes de expirar seu prazo de validade.
"O momento de inflação que a gente vive não requer atitudes desesperadas. O risco de uma inflação maior sempre vai existir, mas é pouco provável que vejamos aquele cenário de inflação da década de 1980. Vejo um cenário inflacionário, mas não de superinflação", diz.
Segundo Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper, instituto de ensino e pesquisa, é interessante que cada um calcule sua própria inflação para que saiba quais itens podem ser cortados.
Para isso, basta anotar todos os gastos e os da família em uma planilha ou caderno e verificar a variação de preços de cada item ao longo dos meses.
Dessa forma, fica mais fácil reorganizar as finanças por meio de substituições simples de produtos e hábitos que não afetam radicalmente a rotina.
Manter uma reserva de emergência na poupança ganha mais importância em época de escalada de preços. "Não são recursos para comprar algo, mas para administrar o orçamento do ano em caso de surpresas, como um conserto em casa ou um tratamento médico", diz Rocha, do Insper.
Excelente artigo de 5.12.13
Do Lauro Jardim em 18/11/13
Por Lauro Jardim
Do Estadão, em 5/11/13. É a inclusão social
Da Folha de hoje, 9.10.13
Do Lauro Jardim em 4.10.13
Por Lauro Jardim
A situação econômica não vai nada bem. Inflação em alta, governo perdido, sem rumo, e o povo perde tempo, tempo e tempo discutindo mensalão. Além disso, como apareceu na FSP de ontem, o ministro Guido Mantega passa a maior parte do tempo em SP e não tem um número 2 à altura do cargo lá em Brasília...
Do Radar on line de 3/9/13
/ Blogs e Colunistas
Por Lauro Jardim
Do Radar on line de 22/8/2013
Por Lauro Jardim
Do Ricardo Amorim
Do Lauro Jardim
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DA FSP no sábado, 27/6/15
Petrobras propõe cortar 37% do investimento
Conselho sinaliza que aprovará plano mais enxuto, em razão dos desafios decorrentes da queda do petróleo e da corrupção
Eduardo Cunha diz que Congresso deve aprovar fim da obrigatoriedade da estatal de participar da exploração do pré-sal
Disposta a dar um recado de austeridade ao mercado financeiro, a diretoria da Petrobras propôs ao conselho de administração da empresa nesta sexta (26) um corte de 37% nos investimentos previstos no plano de negócios para o período de 2015-2019.
O Palácio do Planalto foi informado do resultado da reunião e espera que a nova estimativa de investimentos --mais realista-- ajude a aliviar o caixa da empresa.
Segundo a Folha apurou, o conselho pediu alguns ajustes pontuais no plano, mas sinalizou que aprovará a nova conta neste patamar.
Em relação ao plano de negócios anterior --de 2014-2018, que alcançava US$ 220,6 bilhões--, o recuo nos investimentos deve ficar próximo de US$ 90 bilhões, conforme a Folha apurou. Só neste ano, a diminuição nos investimentos será próxima de 30%.
A ideia da cúpula da Petrobras é ter um plano de negócios mais enxuto em razão das dificuldades enfrentadas com a queda do preço do petróleo e com os desafios financeiros decorrentes do escândalo de corrupção.
Os diretores estimavam, na semana passada, cortes na faixa de 30%. Havia, ainda, cenários de reduções mais severas, como de 40%, e outros mais amenos. Prevaleceu, segundo a Folha apurou, o patamar capaz de enxugar mais o nível de endividamento.
PRÉ-SAL
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que o Congresso deve aprovar o fim da obrigatoriedade da participação da Petrobras na exploração de áreas do pré-sal. Em entrevista à imprensa estrangeira nesta sexta (26), no Rio, ele classificou a regra como um erro que tem de ser corrigido.
Pela lei do setor, aprovada em 2010, a Petrobras é obrigada a ter uma participação de, ao menos, 30% nos campos do pré-sal, além de ser a operadora (empresa que comanda o projeto) das áreas.
"A obrigatoriedade [de participação] da Petrobras não só cria dependência. A Petrobras não tem condições de arcar com todo o investimento necessário. Não tem razão de prender esse processo em razão da obrigatoriedade", afirmou Cunha à Folha.
Segundo ele, essa alteração pode receber o apoio do governo. O projeto que prevê a alteração da partilha é de autoria do senador oposicionista José Serra (PSDB-SP). O projeto está na pauta de votação no Senado.
Cunha afirmou que, se aprovado, terá prioridade na Câmara --mas atrás da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da maioridade penal, do segundo turno das votações da reforma política e de alterações da lei eleitoral.
PARTILHA E CONCESSÃO
Além de se declarar favorável ao fim da obrigatoriedade, Cunha defendeu também a mudança do regime de exploração do pré-sal para o regime de concessão. Mas afirmou que a maior probabilidade é aprovar somente o fim da obrigatoriedade na exploração do pré-sal.
"Sou a favor da mudança do regime de partilha [para concessão]. Mas não sei se isso seria aprovado. A questão da obrigatoriedade da Petrobras é mais fácil. Até o governo vai acabar concordando. O outro tem uma luta maior."
No regime de concessão, o petróleo extraído é da empresa que explora o campo. No regime de partilha, o petróleo pertence ao Estado, que remunera a petroleira com parte da produção.
Do boletim da Empiricus de hoje, 5/2/15
04:14 - O próximo setor a colapsar (mais um??)
As ações de Qualicorp vão despencando hoje com a notícia de que o Governo pretende ampliar a oferta de planos de saúde individuais.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o Ministério da Saúde vai anunciar nos próximos meses um pacote de medidas para mudar o modelo de atendimento e reorganizar o setor de convênios no país, que abrange cerca de 50 milhões de brasileiros.
Após o que ocorreu no setor elétrico e, mais recentemente, no de educação, a possibilidade de desregulamentação de mais um segmento vem como uma bomba sobre a iniciativa privada, incitando temores de aperto de regras e desrepeito aos contratos.
A propósito, temos:
Seguro-saúde na mira, Óleo e gás no escândalo, infraestrutura definhando, (des)indústria, educação sob risco de Fies, elétrico e saneamento sem água e luz, siderurgia e mineração apanhando da China...
À exceção dos bancos, é claro, não sobrou um setor na Bolsa brasileira que esteja colapsado.
Do Estadão de hoje, 6/7/14
Empresas não conseguem pagar a conta de luz e param de produzir
O elevado preço da eletricidade no mercado à vista, por causa do baixo nível dos reservatórios, tem criado uma série de distorções no setor elétrico e na economia. Para algumas empresas, que tinham contrato de suprimento de eletricidade direto com as geradoras, ficou mais lucrativo deixar de produzir, importar o produto e vender a energia no mercado à vista. Por outro lado, há companhias que não aguentaram o custo alto da conta, ficaram inadimplentes e tiveram a energia cortada.
Numa situação normal, com reservatórios cheios e chuvas na média, o preço do mercado à vista, também chamado de PLD, pode ficar meses abaixo dos R$ 100 o MWh. Em janeiro de 2012, por exemplo, estava em R$ 12. Mas quando há um stress no clima e o volume de chuva fica abaixo do esperado, o preço explode. Em quase todo o primeiro semestre deste ano, o PLD, ficou em R$ 822 o MWh, o limite máximo estabelecido. Nas últimas semanas, o preço recuou um pouco - para entre R$ 356 e R$ 547 -, mas continua em patamar alto.
Com esse preço, empresas que tinham energia comprada em contratos de longo prazo, por menos de R$ 100, fecharam as portas e embolsaram o valor do PLD, vendendo a energia no mercado à vista. No primeiro semestre, por exemplo, a diferença foi de R$ 722 por MWh. Segundo fontes, várias unidades do setor de ferro-ligas preferiram reduzir a produção e receber pela energia não consumida.
No setor de alumínio, a história foi diferente, mas com resultado semelhante. Com os altos custos do País e o enorme estoque mundial, as empresas fecharam linhas de produção e reduziram o volume fabricado.
Para abastecer o mercado interno, que continua em alta, o setor teve de importar alumínio. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, de janeiro a maio, as importações de alumínio bruto cresceram 888% em relação a igual período de 2013. O mesmo ocorreu com ligas de alumínio, com avanço de 193%.
Nesse mesmo período, a produção caiu 16,1%. “Desde 2010, estamos avisando que o preço da energia está muito alto para produzir no Brasil”, diz o presidente da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), Adjarma Azevedo. Dos 28% de queda na conta de luz, promovida pela MP 579, que renovou as concessões de geração e transmissão de eletricidade, a indústria de alumínio só conseguiu 5,6%. Consequentemente, ao reduzir a produção, sobrou energia para essas empresas, que lucraram com o preço alto.
O PLD também baliza o preço da energia negociada nos contratos bilaterais de longo prazo. Hoje, quem quiser comprar energia por um ano a partir de 2015 terá de pagar mais de R$ 300 o MWh. O problema é que muitas empresas tinham contratos de dez anos, por exemplo, vencendo este ano, com custo de R$ 60 o MWh.
Com a explosão dos preços, elas ficaram sem contratos e sem condição de pagar a nova conta de luz com base no PLD. Até este mês, oito empresas foram desligadas da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) este ano por descumprimento de obrigações. Em 2013, foram 19. Há ainda aquelas que continuam no mercado por decisão judicial, como é o caso da indústria têxtil Teka.
PARA ENTENDER
CCEE funciona como bolsa
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) viabiliza a compra e venda de eletricidade no mercado de energia brasileiro. A CCEE faz a contabilização e a liquidação financeira das operações no mercado de curto prazo. As regras e os procedimentos de comercialização na CCEE são aprovados pela Aneel.
Do Lauro Jardim em 16.6.14
A Dilma responderia: não sei....
14:04 \ Brasil
O rombo bilionário no setor de energia só aumenta
De acordo aos números já contabilizados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) até abril, mais a previsão das comercializadoras de energia para o restante do ano, o custo total pelo acionamento das termelétricas entre janeiro e dezembro de 2014 deverá alcançar 26,8 bilhões de reais.
Como só foram pagos às distribuidoras 12,4 bilhões de reais através do empréstimo da CCEE e do Tesouro Nacional, surge a pergunta óbvia: de onde virão os restantes 14,4 bilhões de reais para cobrir o rombo?
Do Lauro Jardim em 11/6/14
8:24 \ Economia
Pau que dá em Arno, dá em Dilma também
A repreensão pública que Lula deu em Arno Agustin, na semana passada, quando, entre outras coisas criticou a escassez de crédito, foi lida por muita gente no PT como uma paulada em Dilma Rousseff.
Motivo: ninguém ignora que, dado o grau de interferência de Dilma na condução da economia, o recado era muito mais para a presidente do que para o seu secretário do Tesouro.
Do Lauro Jardim, em 24 de maio de 2014
O $$ deveria vir do público, com reajustes na conta. O governo vai adiando essa fatura para 2015 e 2016, piorando o problema.
7:49 \ Economia
Conta estratosférica
Novos estudos, baseados em simulações que consideram o déficit atual de geração hídrica e o custo da energia do mercado livre, mostram que o vermelho das geradoras de energia em 2014 pode ser de 20 bilhões de reais.
Somados ao déficit de 22 bilhões de reais das distribuidoras chega-se a estratosféricos 42 bilhões de reais. De onde virá tanta grana para ressarci-las?
Do Valor, em 28 de abril de 2014
28/04/2014 às 13h47
ONS: Nível de reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste deve subir em maio
RIO - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal do país, alcancem o nível de 39,2% no fim de maio, o primeiro mês do período seco. O dado faz parte do mais recente relatório semanal sobre a operação do sistema.
Segundo o ONS, os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste estão com nível de armazenamento de 38,2%, com alta de 1,9 ponto percentual no acumulado de abril.
De acordo com o operador, os reservatórios do Nordeste devem alcançar 42,4% no fim de maio. Os reservatórios da região estão com 43,6% de armazenamento, com alta de 2,1 pontos percentuais no acumulado do mês.
O operador prevê ainda que o lago das usinas do Sul alcancem a marca de 49% no último dia de maio. Atualmente, os reservatórios da região estão com estoque de 44,5%, com queda acumulada de 1,6 ponto percentual em abril.
Com relação à região Norte, o ONS trabalha com estimativa de 93,4% de armazenamento nos reservatórios no fim do próximo mês. O nível atual dos lagos das usinas da região é de 90,6%, com alta acumulada de 4,5 pontos percentuais em abril.
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DA FSP de 12 de março de 2014
ANTONIO DELFIM NETTO
BC, AGU e STF
Antes do bem-sucedido Plano Real (1994) que controlou o processo inflacionário no Brasil, várias alternativas foram ensaiadas e fracassaram. Notadamente, os planos: Bresser (1987), Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1991) nos quais foram construídos vários expedientes de ajustes para tentar preservar um relativo equilíbrio distributivo. Os planos deveriam deixar cada agente com um "poder de compra" tão perto quanto possível, do que tinha imediatamente antes deles, particularmente no que se referisse aos salários e aos depósitos das cadernetas de poupança.Exatamente para preservar o equilíbrio distributivo, os planos, por necessidade, envolvem a manipulação de índices de preços para corrigir os efeitos da esperada redução rápida da taxa de inflação. Como a operação é abstrata, os agentes sentem que teriam sido vítimas de um "expurgo" e recorreram ao Judiciário para tentar reavê-lo.
Como é comum no Brasil, as ações chegaram ao STF 25 anos depois do Plano Bresser (1987)! As discussões públicas têm, até agora, produzido mais paixão e calor do que luz. Uma eventual decisão mal informada do STF talvez não gere a exagerada tragédia prevista para o presente, mas, certamente, terá consequências desastrosas e insuperáveis para a administração da economia brasileira no futuro.
Trata-se, no final, de uma questão objetiva e simples: o "poder de compra" dos depósitos das cadernetas de poupança diminuiu entre o período imediatamente anterior e o imediatamente posterior aos planos? Uma honesta e competente Nota de 18/11/2008, da Secretaria Extraordinária de Reformas Econômicas e Fiscais do Ministério da Fazenda, demonstrou que não!
É possível que haja uma pequena exceção no Collor 2. Estudos posteriores (Ernest & Young Terco, agosto de 2013, e Eric S. Maskin, fevereiro de 2014), mostraram, por outro lado, que não há evidência empírica que os "planos" tenham resultado em lucros excepcionais para o sistema bancário público e privado, o suspeito apropriador do "expurgo".
Diante do delírio do Ministério Público, revelado no parecer pericial que em 2010 enviou aos ilustres membros do STF sobre o assunto, fizeram bem o Banco Central e a Advocacia-Geral da União de sugerirem um reexame da questão.
Não se trata de saber se os bancos eventualmente poderiam pagar o suposto "expurgo" porque acumularam lucros em outras operações, o que, aliás, não restou provado. O problema é saber se o "poder de compra" dos depositantes foi reduzido pelos planos: é elementar, bem definido e aritmeticamente solúvel sem nenhum juízo de valor. É sobre isso que o STF tem que decidir e fazer justiça. Chega de mistifório!
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Do Lauro Jardim,em 5/3/14
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quarta-feira, 5 de março de 2014
18:04 \ Diversos
Os mais vistos no Carnaval
Os números de bilheteria da Rentrak durante o Carnaval mostram que o cinema é um dos refúgios preferidos de quem escolhe ficar de fora da folia. As salas ficaram mais cheias que a média dos últimos fins de semana.
Robocop, que estreou na semana passada liderando as bilheterias, e As Aventuras de Peabody e Sherman tiveram os maiores públicos e médias.
O filme dirigido por José Padilha se manteve na ponta. Foi visto por 804 290 pessoas entre sexta-feira e ontem, média de 1 748 por cinema. Até agora 1 775 070 pessoas assistiram a Robocop.
Já a animação, que estreou em 430 cinemas na sexta-feira, vem em seguida. Atraiu 509 360 espectadores nos cinco dias de folia, média de 1 252 pessoas por cinema.
18:03 \ Diversos
Recuperação pós-Oscar
12 Anos de Escravidão estreou com público discreto na semana passada, mesmo como favorito à estatueta de melhor filme no Oscar. Uma semana e um Oscar conquistado depois, o melhor filme de 2014 mostrou a que veio no Brasil.
Distribuído em apenas 76 cinemas, 12 Anos de Escravidão foi visto por 87 960 pessoas entre sexta-feira e ontem, média de 1 222 espectadores por cinema.
17:41 \ Eleições 2014
Lula e Dilma
A reunião entre Dilma Rousseff e Lula, no Alvorada, começou há pouco. Falarão de reforma ministerial e eleições, prioritariamente.
17:31 \ Congresso
Assim, não
Um caloroso debate entre dois peemedebistas, na quarta-feira passada, sintetizou a diferença de disposição entre as bancadas do Senado e da Câmara em relação ao governo Dilma Rousseff. Danilo Fortes, deputado pelo Ceará, foi encontrar o conterrâneo Eunício Oliveira no Plenário do Senado.
Fortes apresentou ao correligionário o esboço de um documento de convocação para uma reunião do PMDB. O texto dizia que o encontro serviria para se definir posições partidárias. Eunício não gostou, se recusou a assiná-lo, caso a pauta fosse mantida, e mandou:
- Nesses termos, não. Você quer o quê? Romper? Não, não. Estamos fazendo é pressão.
16:31 \ Brasil
Térmicas: a todo vapor
Mesmo com o baixo consumo de energia no período do Carnaval, as termelétricas continuaram ligadas a todo o vapor e foram responsáveis por 25,5% de toda energia consumida no país. É um sinal inconteste da falta de água nos reservatórios. Aos números:
Comparando-se, por exemplo, os níveis dos reservatórios do Sudeste (responsáveis por 70% de toda a geração do Brasil) no domingo, dia 2, com o mesmo dia de 2013, constata-se que eles estão hoje 24,7% mais vazios.
Do Iuri Pitta, jornalista do Estadão, em 14/2, mas colocando no ar hoje, 16/2
Racionamento de opções
14 de fevereiro de 2014 | 16h41
Iuri Dantas
Trovejam feito a chuva ausente as reclamações contra a política econômica do País. Relâmpagos em meio à precipitação intensa de maus resultados que não param de sair do forno. Hoje pela manhã, o Banco Central tentou antecipar a má nova que o IBGE soltará no fim do mês. A riqueza brasileira encolheu na segunda metade do ano passado. A julgar pelo índice de atividade do xerife monetário, o Brasil cresceu mais no ano passado, em relação aoPibinho de 2012. Mas terminou o ano em recessão técnica. Ou muito perto disso.
O desempenho do Produto Interno Bruto foi a maneira encontrada no século passado para dimensionar a economia. Uma forma de ver a quantas andam vendas, produção, investimentos, consumo, crédito, exportações. Uma saraivada de números resumida em um índice. Diz a regra que dois trimestres consecutivos de queda significam tecnicamente uma recessão. Os números do BC são preliminares. O IBGE dará o tamanho do prejuízo em duas semanas.
Noves fora a ironia implícita de voltarmos a tal patamar nas mãos da primeira economista a comandar o País pela força do voto, a mãe de um Programa de Aceleração justamente do Crescimento, há que se perguntar como sair do buraco em que nos metemos. Além de causar calafrios na equipe que monta a reeleição, a dúvida retorce o rabo da porca com requintes de crueldade.
Ambos os alinhados e contrários à equipe econômica concordam que passou da hora de puxar o freio, colocar ordem na casa. A indústria nacional está em frangalhos. Ainflação resiste. Os bancos cobram cada vez mais por cada mês menos crédito. As contas públicas não enganam sequer os que sempre concordam com tudo o que sai no Diário Oficial. O setor elétrico abriu o peito para os carimbos de crise energética, financeira, gerencial e regulatória.
Algumas escolhas equivocadas do governo eliminaram a necessária margem de manobra. Vivemos um racionamento de escolhas. Por exemplo: não é possível mais permitir que o dólar suba para ajudar a diminuir o rombo externo, porque isso pressiona a inflação. É hora de buscar um novo rumo, como disse com todas as letras o xerife da moeda, Alexandre Tombini. O aumento do juros, para segurar a cotação e os preços dinamita uma recuperação mais pujante. Da mesma forma, a conta de luz e a gasolina deveriam ser mais caras faz tempo, mas há eleições presidenciais à frente, veja bem.
Há notícias boas, mas já vêm contingenciadas. O mundo está lentamente colocando o pescoço acima d’água. Houvéssemos feito alguns deveres de casa estaríamos mais bem preparados para surfar a onda que começa a ganhar velocidade. Mas não fizemos acordos de livre comércio, fechamos a economia, deixamos os preços internos galoparem, os custos industriais foram para as alturas, com a carga tributária sempre maior. Aqueles que deveriam comprar nossos produtos de maior valor agregado questionam na OMC algumas medidas bilionárias que elevaram a rentabilidade de algumas poucas industrias e não representaram mais emprego ou mais crescimento.
A história guarda paralelos de anos eleitorais em que o ajuste necessário foi postergado em troca de votos. José Sarney manteve o tabelamento, levou todos os governos estaduais em 1986. Três dias depois de abertas as urnas veio o pandemônio financeiro. Inventaram um Plano Cruzado 2, o ministro da Fazenda saiu do cargo e em janeiro o País deu calote na dívida externa. Fernando Henrique Cardoso levou paridade cambial ao limite em 1998. Janeiro seguinte, mês do desgosto e da maxidesvalorização.
O buraco hoje é menor e mais facilmente navegável que naqueles dias tristes. O risco é pensar que para sair dele basta o anúncio de uma meta fiscal. Seria como lançar ao marplataformas inacabadas de petróleo para fazer bonito nas estatísticas. Pouco eficiente, para dizer o mínimo.
Do Lauro Jardim em 15/2/14
E vai cair mais
7:29 \ Economia
Em queda livre
Nos três primeiros anos da gestão Dilma Rousseff, o Ibovespa teve o pior desempenho desde a era Sarney, quando se leva em conta períodos de governo.
De acordo com um estudo inédito da Mint Capital, sob Dilma o Ibovespa desvalorizou-se 37,7% em termos reais. Não bateu, contudo, a depreciação ocorrida no governo Sarney, que entre 1985 e 1990 viu o índice da Bolsa de São Paulo cair 77%.
Para quem quer comprar na baixa, é um prato cheio.
Do Sebastião Nery, em 18 de janeiro deste ano, quase um mês atrás.
ROMBO
1 – Vejam a lúcida Miriam Leitão em “O Globo”: -“Foram 23 bilhões de dólares gastos lá fora com viagens contra 6,1 bilhões de dólares que entraram no país com turistas estrangeiros. Um rombo de 16,9 bilhões de dólares na conta turismo. A balança comercial registrou até novembro 39,3 bilhões de dólares de importação de petróleo e derivados. Parte disso é combustível de 2012, que foi jogado na estatística de 2013. Como houve apenas 19,8 bilhões de dólares de exportação, o rombo do setor petróleo e derivados chegou a 19,5 bilhões de dólares no ano”.
2 – Ex-secretário da Receita Federal, o consagrado Everardo Maciel atesta - “A conjuntura não permite otimismos: inflação alta, manipulação de preços, crescimento baixo, desequilíbrio fiscal, endividamento das famílias, são males cuja superação vai requerer ciência, tempo e determinação, temperados pela boa política”.
Do Lauro Jardim de hoje, 30 de janeiro de 2014. Se a coisa não melhorar bem, poderemos ter grandes apagões este ano. Sem falar num possível racionamento...
Consumo recorde
Foi batido ontem o recorde histórico de consumo de energia no Brasil. Eram exatamente 15h25m, quando o consumo alcançou o pico de 83 962 megawatts-hora. O recorde anterior deu-se no dia 23 às 15h24m, com 83 307 mwh.
Energia com preço controlado somada às incandescentes temperaturas deste verão de poucas chuvas são as causas deste novo episódio da série “nunca antes neste país”…
Do Lauro Jardim de hoje, 21/01/14. Como dizem, a Dilma arrasa os setores que ela mais entende, energia e petróleo...
8:25 \ Economia
Petrobras: anos difícieis
As ações ordinárias da Petrobras fecharam hoje a 14,30 reais. É praticamente o mesmo valor que o papel tinha em agosto de 2005.
Em três anos de governo Dilma, a ação ordinária da Petrobras caiu 51,2% ou 10% apenas nos últimos treze pregões.
DA FSP de hoje, 15.1.14
Contra inflação, consumidor retoma 'compra de mês' em supermercado
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Depois de sentir no bolso a escalada da inflação nas compras do supermercado ao longo de 2013, o consumidor começa a adotar estratégias para compensar o aumento dos preços e evitar novas surpresas neste ano.A terapeuta Maria Elisa Gothardi Soares, 71, tem apostado em compras uma vez por mês para tentar reduzir o impacto das altas em seu orçamento doméstico. "Quando acaba algum item, eu até apelo para o mercadinho do bairro, mas tento agora comprar tudo de uma vez", afirma.
Raquel Cunha/Folhapress |
A terapeuta Maria Elisa Soares, 71, e o aposentado Nelson Soares, 74, reduziram a quantidade de produtos |
A aposentada Ivanir Sonner, 66, que fazia compras semanais com o marido, também passou a ir apenas uma vez ao mês ao supermercado. "Faço agora compras mais pesadas para economizar", afirma a aposentada, que sentiu principalmente o aumento do preço dos laticínios.
Além disso, Ivanir resolveu substituir algumas marcas por similares mais baratas. "Não me arrependo. Às vezes você está tão acostumada com uma marca que nem percebe que há outras melhores", diz.
Editoria de Arte/Folhapress |
"Assim ajusto a lista de compras de acordo com as necessidades de cada semana e evito desperdícios em casa", diz.
MENOS ITENS NO CARRINHO
De setembro para cá, a representante comercial Regina Aparecida Martins Minha, 49, também viu suas compras ficarem mais caras. "Os produtos de limpeza e de higiene pessoal subiram muito em pouco tempo, mais até do que os artigos de primeira necessidade", afirma. Para não se enrolar financeiramente, Regina resolveu reduzir a quantidade de itens comprados.
"Se eu comprava cinco litros de leite para durar uma semana, agora compro quatro. Mas não abro mão de marca de qualidade", afirma a representante comercial, adepta das compras mensais.
Foi a mesma decisão tomada pelo aposentado Tarcísio Dorotheu Silva, 61. "Todo mês eu via um aumento de 5% no total das compras. Então decidi cortar supérfluos e estou comprando apenas coisas básicas. Estamos comprando menos para não inflacionar o orçamento", diz.
Raquel Cunha/Folhapress |
O aposentado Tarcísio Dorotheu Silva, 61, resolveu cortar supérfluos para economizar |
Pesquisar é outra das armas dos consumidores para enfrentar a alta dos preços. A diarista Elenilda Almeida da Silva, 41, costuma checar o preço em vários supermercados antes de ir às compras.
"Faço uma pesquisa para saber onde os produtos estão mais baratos. No final do mês a diferença compensa", diz.
ORIENTAÇÕES
Para Celso Grisi, coordenador de projetos da FIA, entidade privada ligada à USP, a redução do número de idas ao supermercado é uma das principais estratégias contra a inflação. "Se a pessoa comprava quatro vezes ao mês, deve considerar comprar duas, uma no início e outra no meio do mês. É uma forma de tentar não ser vítima da inflação, pois os preços estão subindo rapidamente", diz.
Mas vale lembrar que essa regra não vale para todos os produtos. "É preciso fazer uma compra consciente. Há produtos com data de validade bem curta. Não adianta ir ao mercado e comprar alface para o mês inteiro. Não vai dar certo", afirma o planejador financeiro Valdir Valdir Carlos Jr.
Para ele, pesquisar é sempre válido, mas o consumidor deve evitar compras muito "pingadas". "Veja os preços nos supermercados, mas, antes de comprar um item em um e outro item em outro, coloque na ponta do lápis gastos com gasolina, ônibus ou táxi. Até porque ir a muitos locais consome um tempo desnecessário", diz.
Além disso, a substituição de produtos mais caros por similares mais em conta também é indicada.
O planejador financeiro também lembra que, embora os atacadistas geralmente ofereçam preços mais competitivos, é preciso ter espaço para estocar os produtos e saber se eles serão consumidos antes de expirar seu prazo de validade.
"O momento de inflação que a gente vive não requer atitudes desesperadas. O risco de uma inflação maior sempre vai existir, mas é pouco provável que vejamos aquele cenário de inflação da década de 1980. Vejo um cenário inflacionário, mas não de superinflação", diz.
Segundo Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper, instituto de ensino e pesquisa, é interessante que cada um calcule sua própria inflação para que saiba quais itens podem ser cortados.
Para isso, basta anotar todos os gastos e os da família em uma planilha ou caderno e verificar a variação de preços de cada item ao longo dos meses.
Dessa forma, fica mais fácil reorganizar as finanças por meio de substituições simples de produtos e hábitos que não afetam radicalmente a rotina.
Manter uma reserva de emergência na poupança ganha mais importância em época de escalada de preços. "Não são recursos para comprar algo, mas para administrar o orçamento do ano em caso de surpresas, como um conserto em casa ou um tratamento médico", diz Rocha, do Insper.
Excelente artigo de 5.12.13
VINICIUS TORRES FREIRE
Quando a fábrica de consumo para
Apesar de trimestre positivo, indústria está engripada desde a pane do 'modelo' econômico, em 2008
A INDÚSTRIA brasileira cresceu em outubro pelo terceiro mês consecutivo. Parece bom. Somadas as melhorias do trimestre, a produção industrial não compensa o tombo de julho, quando encolheu 2,5%.
Enfim, a indústria nem ao menos despiorou.
Em 12 meses, a indústria cresceu 0,95%. Parece pouco, mas com boa vontade poderia se dizer que ao menos a produção não encolheu.
Mas a produção da indústria é ainda inferior à do início do governo Dilma Rousseff. Para não implicar com a presidente, note-se que a indústria está mais ou menos estagnada desde meados de 2008. Desde então flutua em torno do nível de produção de hoje, desconsiderado o tombo maior provocado pela crise pela recessão de 2009 no Brasil.
Parece, como argumenta o governo, que a letargia quase catatonia industrial tem algo a ver com a crise de 2008. Deve ter mesmo.
O "consumo" mundial caiu: as economias importantes, afora a China, passaram a crescer nada ou muito pouco. Houve sobra de produto industrial barato, uma espécie de xepa universal. Portanto, o mercado mundial estava em baixa e a concorrência aumentou.
Para piorar, os produtos brasileiros ficaram mais caros, ao menos entre 2008 e meados de 2011. Ficamos careiros tanto porque o real ficou forte (o "dólar ficou barato") como porque os preços têm subido aqui bem mais que nos países com os quais temos comércio, exceto a Argentina. Enfim, nossa inflação é mais alta.
Os economistas podem escrever livros para explicar por que a nossa inflação é mais alta. Mas o motivo mais imediato e menos discutível é que os custos têm subido no Brasil, em especial os salariais, e porque nossa produtividade cresce pouco.
No entanto, o nosso consumo ainda cresce, mais devagar que faz um ou dois anos, mas cresce. O governo gasta mais, em particular despende mais com benefícios sociais. Também estimula o crédito na contramão do mercado (os empréstimos dos bancos estatais crescem, o dos bancos privados estagnou faz meses). Além do mais, baixou impostos sobre bens de consumo e cesta básica, por exemplo.
O aumento do consumo, porém, não faz as fábricas ligarem mais máquinas. Como dito acima, o nível da produção industrial estagnou faz uns cinco anos. Obviamente, importamos parte do nosso consumo extra.
Cada vez mais, em especial depois de 2007, compramos mais do que vendemos lá fora. Nosso deficit externo cresce. Grosso modo, isso significa que estamos fazendo uma espécie de dívida. Mas o mundo está com menos vontade de nos financiar, digamos. Um sinal disso é que o real perde valor (ficamos, de certo modo, mais pobres).
Aparentemente, estamos tomando emprestado lá fora para consumir, não para investir, dado o crescimento pífio do investimento.
O governo também gasta mais, mas não para investir "em obras". Nos últimos 12 meses, o investimento do governo não cresceu nada.
Parece evidente que, aos poucos, esse arranjo vai se esgotando, o que é difícil de perceber no dia a dia: o governo não tem muito mais como gastar sem criar crise feia, não temos muito mais como "comprar a crédito" lá fora, a inflação indica escassez de recursos produtivos.
Enfim, "deu". Temos de mudar de vida.
Do Lauro Jardim em 18/11/13
O roteiro do reajuste da gasolina
Pelo script acertado no Palácio nos últimos dias, o reajuste da gasolina será em dezembro – em torno dos 5%. E a nova fórmula de reajuste proposta pela Petrobras passará a vigorar no ano que vem. Essas decisões devem ser anunciadas na sexta-feira, durante a reunião do conselho de administração da Petrobras.
Do Estadão, em 5/11/13. É a inclusão social
Metade das casas em favelas tem TV de plasma e computador
Classe média dobrou nas comunidades na última década, segundo estudo com 2 mil moradores de 63 locais
05 de novembro de 2013 | 2h 05
Roberta Pennafort / RIO - O Estado de S.Paulo
Pesquisa feita com dois mil moradores de 63 favelas brasileiras mostra que a classe média dobrou de tamanho nas comunidades na última década, a exemplo do crescimento que aconteceu no País como um todo. A média salarial é de R$ 910 e metade das casas tem TV de plasma ou de LCD, computador e micro-ondas. A renda anual dos 11,7 milhões de brasileiros que vivem em favelas - população maior do que a do Rio Grande do Sul, o 5.º Estado mais populoso da federação - é estimada em R$ 63,8 bilhões.
Segundo o Instituto Data Popular, que aplicou os questionários, o objetivo é tirar da invisibilidade uma camada da população que tem muitas demandas e grande potencial de consumo. As perguntas foram elaboradas com a ajuda de moradores e foram direcionadas a hábitos de consumo, nível cultural e serviços públicos. Dados do IBGE embasaram o estudo.
Os dados mostram que 59% dos habitantes de favelas não têm conta corrente e 65% não possuem cartão de crédito. Práticas informais, como o pagamento fiado, persistem. A divulgação foi ontem, no lançamento do Data Favela, instituto de pesquisa criado pelo Data Popular, de Renato Meirelles, e a Central Única das Favelas, ONG fundada por Celso Athayde. O Data Popular tem o intuito de identificar oportunidades de negócio nas comunidades.
Dos jovens, 65% já foram revistados pela polícia, o que dá a medida do preconceito contra quem mora nas comunidades. A média de revistas relatada foi de 5,8 vezes. Em relação ao nível educacional e cultural, a pesquisa mostrou que mais de um terço das casas não tem um livro sequer, e que a média de escolaridade dos moradores é de apenas seis anos.
Da Folha de hoje, 9.10.13
VINICIUS TORRES FREIRE
Golpe de mestres, mestres de golpe
Como Dilma, Aécio e os "mestres da política" do PSB-Rede vão dizer ao povo que o dinheiro acabou?
O BRASIL "FORMADOR de opinião" ainda anda embevecido ou preocupado com o "golpe de mestre", com a "aula de política" e outras trivialidades enviesadas do comentarismo político a respeito do minueto de Marina Silva e Eduardo Campos.
Mais importante seria perguntar aos candidatos, de maneira apropriada e indireta, decerto, como vão mentir na eleição de 2014. Mentir à larga, provavelmente. Terão de ser mestres é de golpe eleitoral.
Os "programadores" (autores de planos) dos candidatos maiores da oposição (Aécio Neves e o ser Marina-Campos), economistas em particular, acreditam que é preciso dar um tempo nas duas décadas de aumento de gasto muito acima do ritmo do PIB.
Aliás, isso estava escrito de maneira radical no programa de Marina em 2010, embora ela mesmo talvez nem tivesse percebido. Dizia-se lá que o gasto público corrente deveria crescer à metade da velocidade do PIB. Isto significa cortar para um quarto ou menos o ritmo de aumento das despesas com benefícios sociais (assistenciais, INSS, educação, saúde). Os economistas próximos de Aécio não pensam de maneira muito diferente.
De Campos, não sabemos quase nada a respeito, pois por ora ele trata dos lírios do campo (que vivem da bondade de Deus, não do Orçamento), de "semear a esperança" e reler o socialismo com os óculos de Marina, "sustentáveis", nas pausas de seus encontros com empresários.
Mesmo parte do pessoal de Dilma Rousseff mais preocupado com o fiasco de 2011-2013 e mais amigo dos livros de macroeconomia imagina como dizer à chefe que o dinheiro, por ora, acabou. O gasto social vai ser um dos problemões de 2015-2018. Algum controle, forte, terá de haver, quase todo mundo sabe. Improvável que algum candidato o diga. Como vão mentir, ou dourar a pílula, é que são elas.
Cidadãos prestantes e interessados na coisa pública deveriam desde já amolar os candidatos a esse respeito.
No entanto, não é essa a conversa. Petistas e, especialmente, antipetistas, na política ou no comentarismo, dedicam-se a uma aritmética eleitoral especulativa, protesto.
Quase tão importante, debate-se quando Marina e Campos chegarão às vias de fato na dança das cadeiras da chapa presidencial, quando a música da pré-campanha parar de tocar em meados do ano que vem.
Note-se de passagem que tal conversa tem tudo para parecer absurda, pois a comédia ou novela da eleição está ainda tão distante que o público ainda confunde as personagens. Lula tem mais voto de pesquisa que Dilma, José Serra tem tantos ou mais votos que Aécio Neves, Marina dá de lavada em Camps. Logo, ninguém sabe nada de nada.
A seguir, discutem-se os "palanques" (quais adeptos do campismo não vão se bicar com tais e quais marinistas etc.). Tem alguma relevância, mas marginal.
No que diz respeito a eleições, "formadores de opinião" costumam formar a opinião uns dos outros. Quando o povo comum forma sua opinião, os formadores de opinião não raro têm de mudar a sua. O povo, nós, não sabemos o que queremos até começar o show da eleição.
Portanto, o cálculo das probabilidades é uma pilhéria. Campos com Marina tira mais votos de Dilma do que Marina sem Campos?
Do Lauro Jardim em 4.10.13
7:25 \ Economia
Conta-petróleo em 2013: um déficit desastroso
De acordo com dados do próprio governo, o déficit da conta-petróleo (importação e exportação de petróleo e derivados) neste ano já alcançou 11,7 bilhões de dólares. É um resultado desastroso.
No ano passado, no mesmo período, ou seja, entre janeiro e agosto, esse vermelho era de apenas 362 milhões de dólares.
A situação econômica não vai nada bem. Inflação em alta, governo perdido, sem rumo, e o povo perde tempo, tempo e tempo discutindo mensalão. Além disso, como apareceu na FSP de ontem, o ministro Guido Mantega passa a maior parte do tempo em SP e não tem um número 2 à altura do cargo lá em Brasília...
Do Radar on line de 3/9/13
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terça-feira, 3 de setembro de 2013
8:32 \ Economia
O déficit bilionário da conta-petróleo do Brasil
A conta-petróleo do Brasil a cada mês que passa é sinônimo de desastre financeiro de grandes proporções. Entre janeiro e julho, o déficit foi de 10,9 bilhões de dólares, quando se somam os vermelhos do petróleo e dos derivados.
Neste período, o Brasil importou 22,5 bilhões de dólares e exportou 11,6 bilhões de dólares em petróleo e derivados.
Do Radar on line de 22/8/2013
12:33 \ Brasil
Reservatórios mais vazios
Os níveis dos reservatórios que servem ao sistema elétrico continuam caindo no Sudeste e, sobretudo no Nordeste.
De acordo com os dados mais recentes do governo, no Sudeste estão a 57,5%, 0,16% menos que um ano atrás – uma queda marginal, mas preocupante quando se considera que no ano passado o patamar já era muito baixo.
E no Nordeste o panorama é mais grave: 38,6%, uma queda de 26% em relação ao mesmo período de 2012. Ainda faltam pelo menos 70 dias para o início do período de chuvas.
Se o Brasil estivesse crescendo como deveria, a energia disponível não ia dar conta… Deve ser por isso que o governo está travando tanto o crescimento do país.
Do Ricardo Amorim
Ponto de Ruptura
Revista IstoÉ
06/2013
06/2013
Por Ricardo Amorim
Em time que está ganhando não se mexe. E em time que está perdendo? Não, nada a ver com a seleção do Felipão. Refiro-me à nossa política econômica.
No ano passado, em toda a América Latina, o crescimento brasileiro superou apenas o do Paraguai. Em 2011, nosso crescimento já tinha decepcionado e no primeiro trimestre deste ano, nova desilusão. Para piorar, a inflação anual está em elevação desde julho, nosso déficit de transações correntes ̶ o mais importante indicador da saúde das contas externas – vem aumentando desde setembro e nosso déficit público cresce desde agosto de 2011.
Com tantas variáveis macroeconômicas piorando, por que a insistência do governo em seguir por um caminho que não tem trazido bons resultados? A explicação é política e econômica. Até agora, o mau desempenho macroeconômico não afetava a popularidade da Presidenta Dilma porque o desemprego continuava em queda, causando elevações de salários. Salários mais altos somados ao crescimento da oferta de crédito geravam maior poder de compra para boa parte da população, e satisfação com o governo.
Algo começou a mudar. Entre as surpresas negativas dos recentes dados do PIB, a maior foi a expansão pífia do consumo das famílias, até aqui o principal pilar de sustentação de nosso crescimento. A elevação dos preços e altos níveis de comprometimento de renda com pagamento de prestações de dívidas já estão minando a capacidade dos brasileiros de ir às compras e a própria popularidade da Presidenta.
Não por acaso, o governo deu sinal verde ao Banco Central para enfrentar a ameaça inflacionária, acelerando a alta de juros. Os juros ainda terão de subir mais, talvez muito mais, até porque, na falta de medidas compensatórias, a desvalorização do Real frente ao dólar aos níveis mais fracos desde 2009 colabora para a aceleração da inflação.
Se for significativa, a alta dos juros pode debelar o risco inflacionário, só que encarece o crédito e esfria o consumo. Por outro lado, se não for acompanhada de medidas de estímulo à expansão da capacidade produtiva ̶ estímulos a investimentos e produtividade ̶ ela transformará o PIBinho em PIBúsculo, com crescimento do desemprego e quedas de salários.
Para crescer de forma sustentada a longo prazo, um país necessita de expansões também sustentadas tanto da oferta de bens e serviços quanto da demanda por eles. Se o consumo não se ampliar ̶ como tem ocorrido em tantos países europeus nos últimos anos ̶ a economia não se expande. Se a oferta não acompanhar a alta do consumo, o crescimento econômico será limitado e a inflação subirá, como tem ocorrido recentemente no Brasil.
Entre 2004 e 2010, foi possível evitar este truísmo econômico porque partimos de um desemprego alto e uma utilização limitada da infraestrutura existente. De lá para cá, incorporamos milhões de pessoas ao mercado de trabalho e o desemprego caiu aos níveis mais baixos da história. Com parcos investimentos, o atual gargalo de infraestrutura é óbvio. Para completar, políticas voltadas para reduzir as margens de lucro nos setores financeiro, elétrico, de mineração e petrolífero afugentaram investimentos, limitando o crescimento da oferta de produtos e serviços.
Uma mudança no modelo de desenvolvimento do país é inevitável, política e economicamente. Não dá mais para estimular a demanda sem impulsionar o crescimento da oferta. O governo parece ter percebido isto. Recentemente, elevou a remuneração para investimentos no setor ferroviário e aprovou a nova lei dos portos. Para o bem do país, e até das pretensões eleitorais da Presidenta, mudanças adicionais terão de ser rápidas, amplas e profundas.
Do Lauro Jardim
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Por Lauro Jardim
terça-feira, 6 de agosto de 2013
9:43 \ Economia
Déficit na conta-petróleo: nunca antes na história deste país…
O déficit da conta-petróleo no primeiro semestre – ou seja, o vermelho nas contas brasileira da balança comercial de petróleo e derivados, bateu impressionantes 8,1 bilhões de dólares. Um recorde histórico.
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