28.11.13

As eleições no tribunal

As eleições são somente entre desembargadores.
Apesar disso, de uns anos para cá, alguns desembargadores candidatos mandam mensagens para todos na carreira, desembargadores e juízes. Acho que isso significa:
a) busca da ampliação da legitimidade. Não basta a legitimidade que vem do voto dos pares, é preciso envolver os juízes.
b) Hoje o nível de informação é muito maior. Os juízes interessam-se em saber dos assuntos do tribunal e ele satisfazem a nossa curiosidade.
c) Mostram que estão preocupados com o que pensamos, muito embora não votemos. Além disso, com a pressão do CNJ vindo diretamente em cima de nós, muitas coisas que antes deixávamos passar, como a notória falta de funcionários, atualmente motivam reclamações reiteradas. Teve época em que mandava ofício dia sim, dia não pedindo funcionários.
d). Como lembrado hoje por outro colega, pode ser que venhamos a ter eleições diretas num futuro próximo.

Destaco abaixo alguns trechos de mensagens recebidas nesses dias:

Luis Antonio Ganzerla, candidato a corregedor:
"Em razão das eleições e das visitas realizadas aos Desembargadores, recebi relevantes questionamentos, inclusive de colegas de primeira instância, e, assim, com todo o respeito, devo informar que jamais me afastei da jurisdição, tanto em primeiro como em segundo grau, exceto pelo período em que ocupei a Presidência da Seção de Direito Público e passei a receber, porém, distribuições da Câmara Especial e do Conselho Superior da Magistratura, além do exame dos recursos extraordinários e especiais. Meu acervo, registre-se, encontra-se rigorosamente controlado, há tempos, sem atrasos portanto, tanto na Câmara como no Órgão Especial."

Armando Sérgio Prado de Toledo, candidato a corregedor:
"Para isso, podemos aproveitar a experiência adquirida na EPM, que tem capacitado, simultaneamente, mais de três mil pessoas em um único curso, com acesso em dispositivos móveis como tablets e smartphones. Essa foi a forma que encontramos para capacitar conciliadores e mediadores em todo o Estado, possibilitando a atuação desses profissionais nos Cejuscs.

Certamente, esse know how poderá ser utilizado para viabilizar a implementação do processo digital em todo o Estado, contribuindo para a modernização do nosso Tribunal e, ao mesmo tempo, prestigiando e aperfeiçoando o trabalho desenvolvido na Primeira Instância, que é uma das atribuições da Corregedoria, além, é claro, da fiscalização, não apenas do Primeiro Grau, mas também dos serviços delegados."

"Percebi, assim, como é fundamental valorizarmos e integrarmos a Primeira Instância e os funcionários ao Tribunal, melhorando suas condições gerais de trabalho, tarefa a ser efetivada em parceria com todos os integrantes do Conselho Superior da Magistratura.

Para isso, precisamos garantir estrutura adequada e capacitação para todos e empenhar-nos na modernização do Judiciário, otimizando rotinas e fazendo uso eficiente da tecnologia, com a adaptação ao processo digital, além de disseminar a cultura da pacificação social, por meio da conciliação e da mediação, e outras boas práticas."

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