30.9.14

Cuidado com o golpe

Do Cláudio Humberto

A Justiça do Trabalho está sendo usada para um golpe sujo, no DF: o reclamante informa endereço errado da ex-empresa, e o processo corre à revelia. Só na fase de execução ele informa o endereço certo, para notificar o empregador desavisado e tomar dinheiro do otário.

26.9.14

Testamento vital - saiu no Conjur

EVENTOS
Palestra Testamento Vital, dia 30 de setembro, às 11h, no auditório da Associação Paulista de Magistrados (Rua Tabatinguera, 140, sobreloja, Sé, São Paulo). Com o advogado Ernesto Lippmann, especialista nas áreas empresarial e médica. Não é preciso inscrição prévia. Haverá transmissão ao vivo neste link.

25.9.14

Concurso!!!

Do site do TJSP

24/09/2014 - TJSP PUBLICA EDITAL PARA ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO

        O Diário da Justiça Eletrônico disponibiliza hoje (24) edital de abertura de 
concurso público para escrevente técnico judiciário na 1ª Região Administrativa
 Judiciária. As inscrições devem ser feitas até o dia 24 de outubro, pelo site da Vunesp (

23.9.14

Esse é o caminho

Do jornal Valor Econômico

CNJ: Ministra sugere alternativas de resolução de execuções fiscais

Por Bárbara Mengardo | Valor
BRASÍLIA  -  A ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Maria Cristina Peduzzi, presidente da Comissão de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), defendeu nesta terça-feira ações como a “desjudicialização” das execuções fiscais como alternativa para reduzir a taxa de congestionamento do Judiciário. Para a magistrada, outra opção seria condicionar o ajuizamento das execuções à apresentação de bens do devedor.
As execuções fiscais atualmente são uma das grandes responsáveis pela morosidade do Judiciário brasileiro. De acordo com o relatório Justiça em Números, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a taxa de congestionamento desses recursos chega a 91%, elevando a média nacional da taxa de 70%, em 2012, para 71% no ano passado.
A taxa de congestionamento mede o percentual de processos em andamento que não foram finalizados durante o ano. Em 2012, a taxa específica para as execuções fiscais era de 89%.
Para Maria Cristina, uma opção para a solução desse problema seria a “desjudicialização” das execuções fiscais. Para a ministra, essas ações poderiam ficar a cargo de algum órgão administrativo.
Outra opção, para ela, seria condicionar a proposição de execuções na Justiça à apresentação de bens do devedor, para evitar processos que ficam parados devido ao fato de não haver bens para quitar as dívidas. Essa alteração, segundo a ministra, diminuiria em 90% o número de execuções fiscais.
O relatório Justiça em Números apontou ainda que em 2013 tramitaram aproximadamente 95,14 milhões de processos no Judiciário. Mas 70% das ações já estavam pendentes de julgamento desde o início do ano.


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Um novo site jurídico

É o jota.info.
Peguei essa coluna do Rodrigo Haidar...
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Por Rodrigo HaidarBrasília
STJ pode acabar com os “perdidos de vista” 
Os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) começam a discutir nesta semana uma proposta de mudança no Regimento Interno que pode ser o ponto de inflexão para acabar com o que se convencionou chamar de “perdido de vista” nos corredores dos tribunais. O que se propõe é fixar um prazo de quatro sessões para que o ministro que pediu vista devolva o processo para julgamento. Sabe-se que no STJ — como em todos os tribunais do país — há juízes com processos parados por pedidos de vista há mais de cinco anos.
São duas as possíveis fórmulas para recolocar as coisas nos eixos: 1. Se o ministro que pediu vista não traz o processo de volta no prazo, fica impedido de colocar em julgamento qualquer outro caso de sua relatoria. 2. Vencido o prazo regimental, o processo volta automaticamente à pauta e o julgamento prossegue sem computar o voto do ministro que pediu vista — como uma abstenção. As propostas são arrojadas. E por isso mesmo, se adotadas, podem servir de exemplo para transformar o andamento de processos nos tribunais de todo o país e impedir que juízes, na prática, consigam obstruir julgamentos que não lhes interessem.

Justiça se faça
As propostas que podem acabar com os “perdidos de vista” no STJ começaram a ser discutidas na gestão de Felix Fischer na Presidência do tribunal, mas foram deixadas de lado. Com a Corte sob nova direção, o presidente da Comissão de Regimento do STJ, ministro Luis Felipe Salomão, as apresentará de novo para debate.

22.9.14

Como fã do Noblat, fico feliz com a decisão

Do Conjur

BARBOSA VS. NOBLAT

Questionar os poderes de uma autoridade pública não é uma afronta


“Questionar os poderes de uma autoridade pública não deve ser considerada uma afronta, e a crítica à autoridade pública tornou-se algo não somente possível, mas necessário. O exercício do cargo no Poder Judiciário não foge a essa regra”. Com esse entendimento, o juiz federal Elder Fernandes Luciano rejeitou, no último dia 11 de setembro, denúncia do Ministério Público Federal contra o jornalista e colunista Ricardo Noblat, do jornal O Globo.
O MPF, que recebeu representação criminal de Joaquim Barbosa, então ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal, pleiteava a condenação pelos crimes de injúria, difamação e racismo. A representação e a denúncia foram propostas por conta da coluna “Joaquim Barbosa: Fora do Eixo”, publicada em 19 de agosto de 2013, no jornal impresso e na internet. A decisão é de 1ª instância, mas o MPF não vai recorrer, segundo noticiou o próprio O Globo.
O MPF justificou a denúncia contra Noblat argumentando que ao “fazer crítica ao ministro do STF, no exercício de sua função, extrapolou os limites da liberdade de expressão e de manifestação de pensamento, passando à ofensa deliberada do ofendido”. Afirmou ainda que “a crítica foi altamente ofensiva e injuriosa”. E sustentou “que o modo de agir do denunciado não apenas constituiu injúria racial. O texto publicado também estaria envolto à prática de racismo”.
A defesa do jornalista alegou que o texto, “definitivamente, não era ofensivo à honra de quem quer que fosse e tampouco indutivo da prática de racismo”, e sustentou ainda “que se tratava de crítica jornalística, notadamente elaborada a partir de fato ocorrido em sessão do julgamento do processo conhecido como ‘mensalão’”. 
Ainda segundo a defesa, “na ocasião da sessão do julgamento do dia 15 de agosto de 2013, o ministro Joaquim Barbosa (foto) havia acusado o ministro Ricardo Lewandowski de ‘fazer chicana no julgamento’. O acusado [Noblat] teria feito crítica sobre a maneira que o ministro Joaquim Barbosa age quando contrariado, bem como reflexão do assunto”. 
O juiz destacou que “o texto realmente é ríspido”. “É compreensível que qualquer pessoa que se sujeitasse a ser objeto de artigo também não gostaria da opinião jornalística da forma como foi exposta. Natural também que o ser humano se deleite com o elogio e seja avesso a críticas. Entretanto, entre se aborrecer com comentários que não exaltam qualidades, e a existência da prática de delito, há de se ponderal vários fatores circunscritos à ciência penal”, explicou o magistrado.
Em sua decisão, o juiz destacou que “há simbiose entre acesso à informação e à possibilidade de crítica”. Essa possibilidade, escreveu, “é uma das facetas da liberdade de expressão, prevista no artigo 5º, IX, da Constituição Federal”.
Elder Fernandes Luciano escreveu ainda que o “sr. Joaquim Barbosa despertou paixões com a mesma velocidade com que despertou ódio. Não há problema quanto a isso. Exercia cargo de relevante importância para a República Federativa do Brasil, e decidia, diuturnamente, questões importantes para o país. Não é surpresa que, como juiz, desagradasse alguns e agradasse outros pelas suas decisões. Mas também não há problema de as pessoas, dentre elas as jornalistas, entenderem se a sua compostura na Suprema Corte era adequada ou não. (...) Se casos como este forem reputados como crime, perde a sociedade a oportunidade de formular senso autocrítico. Toda a evolução a respeito da liberdade de pensamento no Estado Democrático de Direito sofrerá grande retrocesso”. 
Clique aqui para ler a decisão.

O CNJ precisa julgar....

Do blog do Fred

Lewandowski cobra resultados do CNJ

POR FREDERICO VASCONCELOS
22/09/14  07:16

- Presidente do Conselho afirma que órgão ampliou atividades, desviando-se de seus principais objetivos.

- Nancy Andrighi desaprova viagem internacional e diz que processos “não andam”. Conselheiros discordam.

Andrighi, Lewandowski, Calmon e Bahia
O Conselho Nacional de Justiça registrou publicamente divergências internas, na sessão plenária da última terça-feira (16), quando o presidente do órgão, ministro Ricardo Lewandowski, e a corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, questionaram algumas práticas que vêm de gestões anteriores.
“O Conselho se espraiou muito amplamente numa série de atividades, a ponto de a própria ministra corregedora manifestar sua perplexidade, se de fato nós não estamos nos desviando do nosso objetivo-fim, último, que é um órgão de planejamento central”, disse Lewandowski.
O debate surgiu quando a nova corregedora, afinada com a orientação de Lewandowski para conter os gastos com viagens, não aprovou o pedido de passagens e diárias para o conselheiro Saulo Casali Bahia integrar a comitiva brasileira num evento internacional em Hong-Kong.
Andrighi entendeu que a viagem não traria benefícios para o Conselho. “Estamos avançando em várias frentes, deixando a frente básica desguarnecida. É um país distante, é um custo altíssimo”, disse Andrighi.
O conselheiro mencionou a importância do grupo de trabalho internacional do CNJ, e explicou que se tratava de um convite do Itamarati. Mas a corregedora alegou que o colegiado está “deixando para trás” processos disciplinares e sindicâncias que “precisam andar”.
“O cidadão está reclamando que o CNJ não anda. Há 4.500 processos na corregedoria. Qual é a autoridade que nós temos para cobrar [eficiência] dos juízes?”, perguntou Andrighi.
Os conselheiros Guilherme Calmon e Luíza Frischeisen defenderam a presença do CNJ nesses eventos sobre cooperação judiciária em assuntos sobre os quais o Brasil firmou tratados internacionais. A corregedora manteve sua opinião, e disse que considerava a viagem inoportuna.
“A jurisdição de cortes e a aplicação de sentenças internacionais não têm nada a ver com o CNJ”, afirmou Andrighi. “Nós somos um órgão administrativo assoberbadíssimo”, disse. Segundo ela, “quem fala pelo Poder Judiciário é o STF”.
A corregedora pediu vista. Disse que estava cumprindo a Instrução Normativa 59, baixada por Lewandowski, que determina que os pedidos de viagens sejam submetidos ao plenário um mês antes dos deslocamentos.
Saulo Bahia disse que discordava “radicalmente” da compreensão da corregedora sobre o papel do grupo de trabalho internacional. Anunciou que retiraria o pedido, se essa posição permanecesse.
Depois da sessão, o conselheiro Gilberto Martins afirmou que, se o país for representado nesses eventos apenas por membros do Poder Executivo, as práticas internacionais avançadas não serão transmitidas aos juízes.
Enquanto um juiz de Berlim pode mandar cumprir um mandado de prisão na França, um juiz de Guarulhos tem que emitir uma carta precatória para uma busca e apreensão em São Paulo, a alguns quilômetros, exemplificou.
O episódio evidenciou uma divisão no colegiado. Bahia e Casali são magistrados federais, seus nomes foram escolhidos pelo então presidente Joaquim Barbosa com recomendações de Eliana Calmon e Francisco Falcão. Frischeisen e Martins são oriundos do Ministério Público (federal e estadual, respectivamente). Eles entendem que a visão da corregedora é equivocada.
Essas divergências não têm comprometido as votações do plenário.
Alguns conselheiros reclamam que Lewandowski ainda não realizou nenhuma reunião de trabalho com o colegiado, além das sessões de julgamento, embora já tenha participado de encontros com advogados na OAB, com dirigentes de associações de magistrados e tenha recebido representantes de servidores. O presidente também suspendeu as sessões administrativas realizadas na véspera das sessões plenárias.
O representante do Senado no CNJ, Fabiano Silveira, por sua vez, elogiou a intervenção de Andrighi durante a sessão. “Nós precisamos de um freio de arrumação. O plenário passava por um processo de esvaziamento. Temos que buscar mais convergências”, disse.
Levantamento informal feito pela nova gestão lista 87 projetos no CNJ. Alguns são desconhecidos ou nunca foram tocados; outros estão inativos ou em fase de implantação. Há vários projetos novos. Do total, 14 ainda não têm responsáveis definidos por causa da transição.
Silveira, que também foi membro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), considera alguns projetos importantes. “Mas a marca do CNJ é poderosa, capaz de gerar projetos e ações que nem sempre tiveram planejamento e acompanhamento na execução”, diz.

19.9.14

Todo mundo quer, mas não terão

Do Lauro Jardim

20:50 \ Brasil

Não entrega

dilma
Má notícia…
Rodrigo Janot acaba de enviar um ofício a José Eduardo Cardozo, negando o pedido para enviar à presidência da República as informações contidas na delação premiada de Paulo Roberto Costa.
Cardozo apenas obedeceu a ordem de Dilma Rousseff, que, na semana retrasada, orientou seu ministro a formalizar a solicitação para ter acesso às declarações de PRC ao Ministério Público.
No despacho, Janot avisa que montou uma força-tarefa para apurar os fatos da Operação Lava-Jato e que vem “supervisionando os trabalhos diretamente”.
Em seguida, manda bala:
- Ocorre que, como bem sabe vossa excelência, o artigo(…) torna sigilosos os acordos e os atos de colaboração até a propositura da ação penal. Essa regra visa a atender a objetivos(…), como a proteção da vida e da imagem do colaborador.
Por fim, Janot se compromete a compartilhar “toda prova sobre a qual não recair sigilo”.
Por Lauro Jardim

17.9.14

Dia sem carro

SErá segunda-feira que vem, 22 de setembro

Sema Osasco convida população a participar do “Dia Mundial Sem Carro”
Rosi Cheque
SEMA/PMO


A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) da prefeitura de Osasco convida a população em geral a aderir ao “Dia Mundial Sem Carro”, a ser realizado nesta segunda-feira, 22 de setembro. Pelo sétimo ano consecutivo, a Sema adere ao movimento. 

Como forma de incentivar o uso de transportes alternativos e cooperar com o movimento pela redução da poluição do ar, o prefeito Jorge Lapas, acompanhado de secretários, deixará seu carro em casa e irá até seu gabinete, no paço, de bicicleta.

Segundo Carlos Marx, secretário de Meio Ambiente, os servidores municipais também são orientados a deixar seus automóveis em casa e adotar outro meio de transporte nesta data. “Esse, é mais um momento para as pessoas refletirem sobre os problemas causados pelos automóveis e diminuir seu uso”.

Especialistas afirmam que o número de veículos automotores circulando nas cidades cresce a cada dia e contribui para congestionamentos em ruas e avenidas, poluição sonora devido às buzinas, aumento da quantidade de fumaça expelida contribuindo com a poluição atmosférica. A emissão de gases pelos veículos, especialmente o dióxido de carbono, contribui para o aquecimento global. 

Informações: (11) 3652-9511 / sema@osasco.sp.gov.br 


Prefeitura do Município de Osasco
Secretaria de Comunicação - SECOM
Secretário municipal: Roberto Trapp
Av. Bussocaba nº 300 - Centro – CEP: 06023-901 - Osasco/SP
E-mail: imprensa@osasco.sp.gov.br
Site: www.osasco.sp.gov.br 
Twitter: @governodeosasco

15.9.14

Apostas para o futuro

Do Claudio Humberto

No meio jurídico em Brasília é dado como certo que, em caso de vitória de Marina, a ministra aposentada do STJ Eliana Calmon será ministra da Justiça e o paraibano Herman Benjamin, ministro do STJ, ligado às causas ambientais, será indicado para o Supremo Tribunal Federal.

10.9.14

MP combate

Do Fausto Macedo

Promotores desmontam esquema de corrupção em Delegacias Tributárias

REDAÇÃO
Quarta-Feira 10/09/14

Investigação, desdobramento da Operação Yellow, aponta esquema de corrupção de fiscais

por Fausto Macedo
Uma força tarefa de promotores de Justiça vasculhou nesta quarta feira, 10, escritórios ligados a agentes fiscais de Rendas da Secretaria da Fazenda de São Paulo, investigados por suspeita de corrupção. O esquema envolve delegados das Delegacias Regionais Tributárias 1 e 2 e também a Delegacia Regional Tributária de Guarulhos, órgãos vinculados à Secretaria de Estado da Fazenda. Os fiscais são suspeitos de crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro.
Os fiscais estão sob investigação desde a deflagração da Operação Yellow, em maio de 2013, que desmantelou fraudes fiscais de R$ 2,7 bilhões para favorecer empresas de processamento de soja, principalmente o Grupo Sina, o segundo maior em seu ramo.
Em um endereço inspecionado pelos promotores foi apreendido dinheiro vivo. A força tarefa foi acompanhada da Corregedoria Geral da Administração. Ao todo foram realizadas buscas em quatro locais.
Um dos alvos da operação é o fiscal José Campizzi Busico. Segundo a Promotoria, ele atuava como “intermediador” entre o empresário Nmr Abdul Massih, do Grupo Sina, e outros fiscais.
Segundo o Ministério Público, outro fiscal, Walter José Guedes Junior, inspetor fiscal da Delegacia Regional Tributária II, “tinha o papel de facilitador, para interferir na redução do valor de propina, entre outras ações em prol do bando”.

9.9.14

Mais uma ação de indenização por danos morais

Do Conjur

"VÁ CHAFURDAR NO LIXO"

Jornalista ofendido por Joaquim Barbosa entra com ação por danos morais


O jornalista Felipe Recondo decidiu ir à Justiça pedir reparação por ter sido destratado pelo ministro aposentado Joaquim Barbosa, à época presidente do Supremo Tribunal Federal. O repórter ajuizou na 15ª Vara Cível de Brasília uma ação de compensação por danos morais, alegando ter sido ofendido pelo ministro, que o mandou “chafurdar no lixo” e o chamou de palhaço.
O episódio aconteceu em março de 2013, quando Barbosa saía de uma sessão do Conselho Nacional de Justiça, do qual também era presidente. Recondo o interpelou e ensaiou uma pergunta: “Presidente, como o senhor está vendo...” E foi interrompido: “Não estou vendo nada. Me deixa em paz, rapaz! Me deixa em paz! Vá chafurdar no lixo como você sempre faz!”
Recondo, que à época era repórter do jornal O Estado de S. Pauloespecializado na cobertura do Supremo (ou setorista, no jargão da imprensa), e sempre teve uma relação cordial com Barbosa, estranhou. “O que é isso, ministro? O que houve?”. “Eu estou pedindo, me deixe em paz. Eu já disse várias vezes ao senhor. Várias!”, respondeu o ministro. Recondo insistiu, claro: “Mas eu tenho que fazer a pergunta. É meu trabalho, ministro”. “É, mas eu não tenho nada a lhe dizer. Não sei, não quero nem saber do que o senhor está falando”, ouviu. Em seguida, na entrada do elevador, Barbosa finalizou: “Palhaço!”.
Para o jornalista, o episódio o marcou como um antagonista de Barbosa, que à época gozava da imagem de uma espécie de herói nacional por ter sido sorteado relator da Ação Penal 470, o processo do mensalão. Ele é representado nos autos pelos advogados Danyelle GalvãoRenato Faria eLeonardo Furtado. A petição encaminhada à Justiça narra diversas mensagens de apoio a Joaquim Barbosa postadas na internet, ao passo que Recondo foi hostilizado.
Segundo o pedido, o “ataque” de Joaquim Barbosa “impingiu ao autor a pecha de persona non grata na mais alta corte do país, limitando em muito seu acesso a considerável parte dos trabalhos do tribunal”. “Ou seja, da noite para o dia, o autor passou a ser atacado por incontável número de simpatizantes do réu e saiu da condição de jornalista premiado [Recondo é vencedor do Prêmio Esso de Jornalismo de 2012, na categoria regional], integrante da elite de profissionais dedicados à cobertura do Judiciário, para inimigo da Presidência do STF”, conclui a petição.
O pedido também conta que, depois do episódio, Joaquim Barbosa passou a perseguir o jornalista. Ficou famosa a história da mulher de Recondo, que ocupa cargo comissionado no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski. Barbosa tentou mandar o colega, hoje presidente do STF e na época vice-presidente, demiti-la. Entretanto, Lewandowski se recusou, uma vez que o presidente não tem ingerência sobre os gabinetes dos colegas.
De acordo com a petição, “o caráter difamatório e ofensivo é nítido, tendo o ex-ministro extrapolado, em muito, o comportamento aceitável do homem médio”. A peça não pede uma indenização específica e deixa para que o Judiciário arbitre um valor conforme a jurisprudência. Atribui à causa, “para fins fiscais”, o valor de R$ 1 mil. 

A vida é dura

Do Lauro Jardim

8:21 \ Economia

Caras, poluentes, mas obrigatórias

A todo vapor
A todo vapor
Em pleno feriado de 7 de setembro, dia em que foi registrado o quarto consumo de energia mais baixo do ano, as térmicas mais uma vez salvaram a lavoura. Nada menos do que 32% de toda a energia consumida foi produzida pelas caras e poluentes usinas termelétricas. Sem elas,  porém, não tinha conversa – era apagão na certa.
Por Lauro Jardim

7.9.14

Isso não será mais coisa de país árabe

Como eu dizia para um amigo ainda outro dia, nosso caminho será esse.
Da Folha de hoje

Dessalinização é alternativa para abastecer 9 Estados

Especialistas dizem que tecnologia usada no Nordeste poderia ser opção para cidades litorâneas de São Paulo
Técnica consiste em tornar potável a água do mar ou a de poços, com menor concentração de sal
ARTUR RODRIGUESHELOISA BRENHADE SÃO PAULO
Desde que o açude secou há dois anos, não sai uma gota das torneiras da comunidade Columinjuba, em Maranguape (CE). A única água potável é a que vem dos poços, recolhida em baldes ou galões após passar pela máquina dessalinizadora.
Enquanto São Paulo investe em buscar água de reservas cada vez mais distantes, a dessalinização é alternativa já adotada ou em fase de implantação em pelo menos nove Estados brasileiros.
Com o barateamento da tecnologia, especialistas dizem que a técnica é uma opção de abastecimento válida para todo o Brasil.
A tecnologia é utilizada principalmente na região Nordeste, onde são instalados sistemas para purificar a água salobra (com concentrações de sal menores que a do mar) do subsolo. No arquipélago de Fernando de Noronha, a água é retirada diretamente do mar.
O método usado em ambos os casos é a chamada osmose inversa, em que a água passa por um sistema de membranas. O sal e as impurezas ficam retidas, enquanto a água sai pronta para se beber.
Em Columinjuba, cada pessoa tem direito de encher dois garrafões de 20 litros, duas vezes por semana. A água é usada para beber e cozinhar --o líquido para outros usos chega por meio de caminhão-pipa. "Se não fosse por isso, a gente não tinha o que beber", diz Marcelo Gonçalves, 39, que há seis anos opera o dessalinizador.
O programa de dessalinização brasileiro começou a ganhar força na década de 1990, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PDSB). Nas gestões dos petista Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, foi ampliado. Hoje, o programa Água Doce beneficia 100 mil pessoas em todo o país. A meta é atender 2,5 milhões até 2019.
O coordenador do programa, Renato Saraiva, afirma que por enquanto o foco é o Nordeste porque a formação geológica do semiárido faz com que a água adquira as características das rochas da região, tornando-se salobra.
O Estado de São Paulo ainda não tem nenhum projeto para adotar a alternativa. Porém, para o responsável pelo Laboratório de Referência em Dessalinização da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), o professor Kepler Borges, nada impede que a técnica seja utilizada.
"A dessalinização poderia atender principalmente as cidades que ficam próximas à costa, o que vem sendo feito em todo o mundo", diz.
Após um estudo sobre o potencial hídrico da região, afirma ele, a água poderia ser retirada diretamente do mar ou de lençóis subterrâneos próximos, onde o líquido tem menos sal devido à ação de filtragem feita pela areia.
França admite que a dessalinização é mais cara do que os métodos mais comuns. Porém, diz, o custo depende muito da distância entre o local de produção da água e o que será abastecido.
Bombear a água do litoral para a Grande São Paulo sairia caro. Mas a dessalinização poderia abastecer o Rio de Janeiro ou o litoral paulista, com problemas frequentes de falta de água na alta estação.
CUSTO
Entidades internacionais divulgam que o metro cúbico da água dessalinizada custa entre U$ 0,50 e U$ 1. Quem mais adota essa solução são países ricos e com poucas opções, como Arábia Saudita.
As membranas utilizadas estão ficando mais baratas. Hoje, um dos principais custos do sistema é o com energia para bombear a água.
No entanto, já existem alternativas para baratear esses gastos, diz Renato Saraiva, do projeto Água Doce.
"Com certeza vamos caminhar para uso da água do mar não só para cidades litorâneas, mas também para sistemas produtivos", afirma. "Mas, para isso, temos que avançar no uso de energias como a eólica e solar."

6.9.14

O direito de discordar

Do blog do Fred

Sentença deixa Sartori inconformado

POR FREDERICO VASCONCELOS
06/09/14  12:28
Inconformado Sartori
Em curtas mensagens de desabafo enviadas a magistrados e nas redes sociais, o ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, manifesta inconformismo com a sentença do Juiz de Direito Marco Zilli, que absolveu sumariamente o sociólogo Aldo Fornazieri, a quem o desembargador atribuiu a prática de calúnia.
Juiz da 15ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda, Zilli julgou improcedente a queixa crime ajuizada a partir de afirmações que teriam sido feitas por Fornazieri ao jornalista Roldão Arruda, em entrevista publicada em 28/6/2013 no jornal “O Estado de S. Paulo“. Cabe recurso da sentença.
Sartori alegou que sua honra foi ofendida diretamente, na condição de presidente do TJ-SP, porque Fornazieri afirmara que o grau de corrupção no Poder Judiciário seria semelhante ao verificado nos demais poderes. Além disso, o sociólogo fizera alusões ao pagamento de benesses indevidas no tribunal e à resistência que o Conselho Nacional de Justiça encontrava para fiscalizar a Corte.
Pelos mesmos fatos, o Juiz de Direito Edward Albert Wickfield, da 35ª Vara Cível de São Paulo, extinguiu em maio último ação de indenização ajuizada por Satori contra “O Estado de S. Paulo“, três jornalistas e Fornazieri.
O Ministério Público opinou pela rejeição da queixa-crime por atipicidade penal.
O juiz Marcos Zilli não viu elementos que configurassem uma calúnia nas afirmações, que tiveram o propósito de fazer considerações sobre um dos Poderes do Estado.
“Ainda que lamentáveis, porquanto expressivas de uma triste generalização que não distingue a grande massa de valorosos e honrados agentes, mas que ao contrário reduz todos à vala comum da depreciação, o fato é que as assertivas não tiveram por foco pessoas específicas. Muito pelo contrário, ficaram circunscritas ao terreno da generalidade comparativa que foi estabelecida com os demais Poderes”, entendeu o juiz.
Na sentença, o magistrado registrou que não há uma referência específica a Sartori ou mesmo à indicação de conduta que tivesse sido por ele praticada.
“Afinal, o crime supõe a imputação de conduta que, obviamente, haverá de ser praticada por alguém”, concluiu.

5.9.14

Decisão em ação civil pública

O Ministério Público entrou com ação civil pública esta semana na Vara. Tem mais de sete mil páginas de documentos.
Tem pedido de indisponibilidade de bens e afastamento de secretário municipal. A decisão proferida segue abaixo

Nos termos do artigo 17, paragráfo sétimo da lei 849/92, notifiquem-se os requeridos:
 “ § 7o  Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias.”

                   O autor pede a indisponibilidade de bens dos requeridos. De fato, tal medida é necessário para assegurar o cumprimento de eventual sentença condenatória. Assim proceda-se: a) ao bloqueio de veículos dos requeridos, com exceção da PMO, via sistema RENAJUD; b) à expedição de ofícios à Central de Indisponibilidade de Bens, tal como pedido a fls. 61 dos autos, também com exceção da PMO.

                   No tocante ao pedido de bloqueio de contas correntes e aplicações financeiras dos requeridos temos um problema recorrente em casos como o presente. O valor do pedido inicial é extremamente alto e certamente nenhum dos requeridos tem tal montante em seu poder, com exceção da Prefeitura de Osasco, mas é dinheiro para ser usado nas suas atividades costumeiras e que não pode ser bloqueado por tanto tempo. No tocante às pessoas físicas, lembro que os salários são impenhoráveis. Assim, tal pedido será novamente apreciado, no tocante às pessoas físicas, depois da indisponibilidade dos bens e veículos. No tocante às pessoas jurídicas, proceda-se ao bloqueio de até cem mil reais para cada uma, com exceção da PMO.

                   Finalmente, a partir do item 7.3, de fls. 63 da inicial, o autor pede o afastamento imediato do requerido Marcelo Scalão do cargo de Secretário Municipal de Finanças, mas sem prejuízo dos vencimentos, enquanto durar o processo. Ora, este processo pode facilmente durar mais de dez anos. Um afastamento do cargo ocupado por tão largo período de tempo assume o caráter de uma outra pena.

                   O pedido tem sua razão de ser na possibilidade de coagir testemunhas e alterar documentos. Ora, o fato gerador do presente processo ocorreu em 2007. Diversos documentos já foram apreendidos e servem para municiar o pedido inicial. Diversos depoimentos são mencionados na inicial e já foram colhidos. Diz o autor que “manter o requerido (...) no cargo é tolerar, até o fim do processo, a presença de uma ameaça concreta ao patrimônio público”. Ora, desde 2007 o requerido vem trabalhando e não consta dos autos informação de outro afastamento cautelar de eventual presença em cargo público. Se o autor tem interesse em preservar documentos, que peça uma busca e apreensão. Já houve tempo suficiente para instruir o pedido inicial e não há sentido em se aplicar a medida cautelar pedida inicialmente.

                   Lembro de processos administrativos contra juízes em curso atualmente no CNJ. Como é sabido pela imprensa, vários magistrados estavam afastados cautelarmente. Em julho o presidente do STF reconduziu vários deles aos cargos de origem com base no fato do tempo de instrução dos procedimentos ser superior ao estipulado inicialmente, Um afastamento tão longo do cargo, de forma cautelar, contraria a presunção de inocência. No caso, tal como pedido pelo autor, o afastamento seria já uma pena antecipada, destituída de maior razão prática, tendo em vista o fato gerador ser de 2007.

                   O autor, a fls. 66, diz que se houver indícios de que o agente público puder perturbar “de algum modo” a coleta de provas, o afastamento é necessário “inexistindo poder discricionário da autoridade judiciária”. Ora, com o devido respeito, o autor está alargando em demasia a expressão “de algum modo”. A inicial está acompanhada de mais de sete mil páginas de documentos. O autor precisaria ser muito mais preciso a respeito do que teme e dizer se não existem outras medidas suficientes para alcançar o fim visado.

                   Assim, ausentes tanto o perigo da demora como a fumaça do bom direito nessa questão, fica indeferido o pedido do item 7.3 da inicial.

                   A Serventia deverá providenciar o necessário, principalmente no tocante ao Renajud e à Central de Indisponibilidade. Expeça-se o necessário para as notificações com celeridade.

1.9.14

Ação do Ministério Público contra a improbidade

Do Valor Econômico

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Ministério Público de SP denuncia Aref e filha por lavagem de dinheiro

SÃO PAULO  -  O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou por lavagem de dinheiro o ex-responsável pelo setor de aprovações de imóveis na Prefeitura de São Paulo, Hussain Aref Saab, e a filha dele, Ana Paula Saab Zamudio. Para os promotores, Aref e a filha "dissimularam a propriedade de bens provenientes, indiretamente, de crimes cometidos contra a administração pública".
Aref foi denunciado 48 vezes por lavagem de dinheiro, 16 individualmente e 32 em conjunto com a filha. Em maio de 2012, o jornal Folha de S. Paulo revelou, que durante os sete anos em que foi diretor do Aprov (Departamento de Aprovação de Edificações) da Secretaria Municipal de Finanças, Aref acumulou pelo menos 106 imóveis.
Após as denúncias, Aref pediu para deixar o cargo. Acusado de cobrar propina para aprovação de grandes empreendimentos, como shopping centers, atualmente não ocupa nenhuma função pública.
Dois anos após a revelação do caso, o MPE chegou à conclusão de que, entre 2005 e 2012, ele adquiriu 113 imóveis no Estado - 65 em seu nome e 48 no nome da empresa SB4, da qual é sócio com a filha.
Os promotores também pedem que a Justiça decrete o sequestro de bens registrado no nome do réu e da SB4, assim como o dinheiro depositado na conta da empresa. O advogado de Aref, Augusto Arruda Botelho, afirmou que não se pronunciaria sobre a denúncia porque não havia tido acesso ao conteúdo das acusações.
Templo de Salomão
Aref era funcionário de carreira da prefeitura. Já aposentado, foi nomeado em janeiro de 2005 pelo então prefeito José Serra (PSDB). A indicação foi feita pelo então vice-prefeito Gilberto Kassab, na época no DEM.
Até assumir o Aprov, Aref tinha 12 imóveis registrados em seu nome. Entre os grandes empreendimentos que Aref liberou, está o Templo de Salomão, da Igreja Universal. Há a suspeita de irregularidades no processo. A igreja diz que seguiu todas as exigências legais para a construção do templo.
Em dezembro de 2012, ele foi acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva e concussão (quando servidor público exige propina) pelo MPE. Ele responde ao processo e nega as acusações.
No ano passado, a prefeitura extinguiu o departamento que era comandado por Aref. Entre os motivos apontados para a reformulação, estava acabar com a imagem negativa deixada pela passagem do ex-diretor pelo departamento.
(FolhaPress )


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