29.11.12

Um sujeito que eu lia e gostava

Abro um parênteses na pauta jurídica para colocar essa notícia do Estadão. Quando eu era diretor do XI de Agosto em 1989, eu que cuidei de organizar uma palestra dele na faculdade. Grande palmeirense, grande perda.


Joelmir Beting morre aos 75 anos em São Paulo

Jornalista estava em coma irreversível após sofrer um acidente vascular encefálico (AVE)

29 de novembro de 2012 | 3h 07
Ricardo Valota, de O Estado de S.Paulo - ampliado às 8h50
O jornalista Joelmir Beting, de 75 anos, morreu por volta da 1 hora desta quinta-feira, 29, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado desde o dia 22 de outubro para tratar de uma doença autoimune, quando o sistema imunológico ataca e destrói, por engano, tecidos saudáveis do organismo. Ele respirava com auxílio de aparelhos desde o último domingo, 25, após sofrer um acidente vascular encefálico (AVE) hemorrágico. Segundo boletim médico, Joelmir estava em estado de coma irreversível.
Jolemir estava internado no Hospital Albert Einstein desde o dia 22 de outubro - Divulgação
Divulgação
Jolemir estava internado no Hospital Albert Einstein desde o dia 22 de outubro
O corpo do jornalista é velado no Cemitério do Morumbi, na zona sul, até as 14h. O velório será aberto ao público e a cremação está marcada para as 16h no Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. A cerimônia será restrita à família.
Vida e carreira. Nascido em 21 de dezembro de 1936 na cidade de Tambaú, interior paulista, Joelmir Beting trabalhava atualmente na TV Bandeirantes, onde fazia comentários sobre economia e apresentava o programa de entrevistas Canal Livre. Ainda em Tambaú, chegou a trabalhar como boia-fria. Em 1957 começou a cursar a faculdade de sociologia na Universidade de São Paulo (USP) e no mesmo ano iniciou sua carreira jornalística na Rádio Jovem Pan e nos jornais O Esporte e Diário Popular, como repórter esportivo.
Veio da sua paixão pelo futebol a expressão "gol de placa", uma das marcas de Joelmir - palmeirense assumido. Depois de um gol marcado por Pelé numa partida contra o Fluminense, no Maracanã, em 1961, o jornalista mandou encomendar uma placa de bronze para homenagear o atleta. A partir de então, narradores de jogos de futebol começaram a sugerir o prêmio a cada belo gol, o que acabou popularizando a expressão.
Jornalismo econômico. Na década de 1960, Joelmir resolveu partir para o noticiário econômico. No final dos anos 60, assumiu a editoria de economia da Folha de S.Paulo. Em 1970, lançou uma coluna diária, republicada em centenas de jornais com o selo da Agência Estado. Nesse período, levava notícias da economia também às rádios Jovem Pan, Gazeta, Bandeirantes e CBN, além de emissoras de televisão (Gazeta, Record, Bandeirantes e Globo). Com a coluna, como o próprio jornalista definia em seu site pessoal, explicou o "economês". "Vulgarizei a informação econômica, fui chamado nos meios acadêmicos enciumados de 'Chacrinha da Economia'", ironizou.
Em 1991, ele se transferiu para o Estado, onde permaneceu até janeiro de 2004, quando voltou para a Band. Joelmir também escreveu dois livros e ensaios em revistas semanais e passou pelas tevês Gazeta, Record, Globo e Bandeirantes.

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