11.5.11

20 anos de Juízes para a Democracia

20 anos de Juízes para a Democracia


A Associação Juízes para a Democracia foi fundada em 13 de maio de 1991. Vinte anos esta semana. Quando de sua fundação eu era delegado de Polícia, prestando concurso para a magistratura. Depois que entrei nesta, esperei o vitaliciamento, só em 1994, para ingressar na associação.

Depois que ingressei fui a várias reuniões semanais. Comecei a colaborar preparando um clipping de artigos de jornal que eram enviados com a correspondência mensal da associação. Lá pelos idos de 1997 eu deixei a associação.

Esta semana saiu um artigo do Marcelo Semer no blog que ele mantém no site Terra, comemorando e comentando o assunto.

Vendo a associação pelo lado de fora, anoto que no começo ela tinha excelentes propostas de democratização interna. Ela falava, sem viés corporativista, de problemas sérios do Poder Judiciário. Falava tanto para fora como para dentro.

Defendeu, por exemplo, o controle externo. Eu, quando membro, participei de debates defendendo o controle.

O tempo passou e noto que hoje a associação fala mais para o público externo que para o interno. No seu artigo de hoje, o Semer critica o CNJ, dizendo que ele deixa de lado o aspecto de democratização interna e fica centrado somente nos aspectos gerenciais/produtivos do Judiciário. Verdade. Essa crítica precisava ser feita mais amiúde.

Semer fala ainda de outras bandeira da associação hoje em dia e penso que elas estão focadas mais na área penal. Fala-se em garantismo, em votos dos presos e reparo que essas não são bandeiras consensuais entre os juízes. Além disso, existe a parceria da AJD com o MST, que também causa repugnância entre muitos. A conclusão é a que a AJD, falando quase que somente para o público externo, não fala mais ao público interno.

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