Esse post começa motivado por algo que vem me incomodando há tempos. São os conselhos da Polícia para evitar isso, não fazer aquilo, etc. Tudo bem que não reagir é básico e não preciso muito tempo de explicação para entender. Agora, não podemos abdicar de nossas vidas e nossos hábitos quase normais porque o Estado não é capaz de proporcionar um mínimo de segurança.
No limite, é isso o que está transformando São Paulo em uma cidade de estacionamentos. É muito díficil você ir a algum lugar e não ter que largar seu carro num estacionamento. Uma amiga nossa teve o carro furtado numa rua e na delegacia e teve que ouvir que largar ali era pedir para ser furtada. Eu fui delegado de polícia e NUNCA falei algo assim. É um tremendo desrespeito para o cidadão.
Agora os restaurantes são vítimas de arrastões. Eu ainda não ouvi algum iluminado dizer para o pessoal não sair para comer fora.Mas o fato é que a polícia está sob pressão e não consegue atender a essa necessidade maior de segurança. Não está conseguindo reprimir essa onda por uma razão muito simples: há muito tempo que a atividade policial de ronda e patrulhamento tem sido deixada de lado. Há muito tempo não vemos blitz de esclarecimento e fiscalização nas ruas.
Nas estradas, então, nem se fale. As rodovias no período da noite são dos infratores. Ontem, voltando de São Carlos, fiquei assustado com a quantidade de carros com faróis queimados. Quem vai retirar esses carros das ruas ou multar seus condutores? Ninguém: a polícia não fiscaliza mais nada. A única infração punida nas estradas é o excesso de velocidade. A direção perigosa passa batido. Carros costuram entre outros, dirigem perigosamente perto, sem a observância da distância regulamentar e tudo bem. Quem fiscaliza? Quem pune? Quem autua? Quem cuida da frota de veículos com insulfilme colocado com graduação acima do permitido? A polícia deveria fiscalizar, mas não o faz.
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